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01 Abril 2025

Sea Angels lançam o álbum “Parede”, um tributo ao lugar que as viu crescer

Abanda nasceu em 2018 e tem conquistado, nos últimos anos, um maior lugar de destaque no panorama musical português. As Sea Angels são um grupo formado por dois pares de irmãs, naturais da Parede. No final de 2023, a New in Cascais entrevistou as artistas, reconhecendo o talento e o impacto na cultura local. Este mês, a banda lança o seu primeiro álbum, que é uma homenagem à zona onde cresceram e onde começaram a tocar. 

Intitulado “Parede”, o novo disco das jovens não é apenas um conjunto de canções. Representa a essência da banda, a trajetória de dois pares de irmãs que cresceram juntas, moldadas pela proximidade do mar e pela energia do local que as viu despertar artisticamente.

Este trabalho é o reflexo do percurso musical, mas também da jornada pessoal das Sea Angels. É uma carta de amor ao seu berço. As jovens garantam que a escolha do nome para o disco revela o profundo laço da banda com este lugar, um verdadeiro santuário de recordações e inspiração.

Um espaço que é parte da essência destas quatro irmãs e amigas que cresceram juntas, com a Parede como cenário das suas memórias e vivências. “É um convite à simplicidade e à paz da infância, com um olhar livre, puro e sonhador, que nos leva até ao mar. Nascemos e crescemos na Parede, é a nossa casa”, dizem à NiC. E a sua presença é marcante em cada faixa do álbum. 

A primeira música, “Próxima Paragem”, transporta os ouvintes diretamente para casa, para o “som das ondas, das gaivotas, do comboio, basta fecharmos os olhos para que, independentemente de onde estejamos no mundo, esta música nos transporte sempre de regresso a casa”, revelam. 

A infância das quatro irmãs, Constança e Madalena Lisboa, de 21 e 24 anos, e Pilar e Elisa Mascarenhas — mais conhecida por Zinha — de 23 e 21 anos, respetivamente, foi marcada pela proximidade do oceano, e isso se reflete na sonoridade da banda, carregada de emoção, nostalgia e uma sensação de pertencimento.

Com influências que vão do rock clássico e psicadélico ao pop, punk, blues e eletrónica, o disco reflete a diversidade musical das Sea Angels. “Este álbum não se define por um único estilo musical: não há limites, não há regras, é um manifesto de pura liberdade criativa”, dizem.

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Algumas canções foram compostas quando tinham entre 10 e 12 anos, enquanto outras nasceram recentemente. Esse espaço temporal torna impossível escolher apenas uma faixa que encapsule toda a essência da banda.

Criar “Parede” foi um processo que levou tempo, algo essencial para que o disco ganhasse a sua forma definitiva.”A dinâmica de composição sempre foi coletiva: ideias individuais eram trazidas e transformadas em conjunto”, partilham com a NiC.

A logística da gravação também foi um desafio, pois Pilar e Zinha vivem fora de Portugal. Assim, o álbum foi produzido ao longo de dois anos. Um dos momentos mais marcantes para a banda foi a finalização do primeiro single, “FUK U”. “Pela primeira vez, tínhamos uma música concluída, pronta para sair para o mundo. Foi a prova viva de que isto era real”. 

As Sea Angels são dois pares de irmãs, unidas não apenas pelo sangue, mas por “uma amizade inquebrável”. Apesar das diferenças individuais, encontram um ponto de convergência natural na música que produzem. “Exploramos diferentes sonoridades, mas, ao trabalharmos sempre juntas, cada canção acaba por encontrar um destino que faz sentido para todas nós”, garantem.

“Queremos que cada pessoa que o ouça encontre nele um pedaço da sua própria história”. As temáticas de luta, igualdade e amor permeiam o disco, reforçando a identidade autêntica da banda.

A Parede e Cascais são berços de um ecossistema artístico vibrante, do qual as Sea Angels se orgulham de fazer parte: “Gostamos de acreditar que o nosso papel nesta comunidade vai além da música que criamos. Se a nossa jornada puder inspirar alguém a acreditar nos seus sonhos e a lutar por eles, então já estamos a cumprir algo maior.

Se pudessem voltar no tempo, diriam às suas versões mais jovens para nunca desistirem. “Se pudéssemos falar com as Sea Angels de há 10 anos, diríamos que não há sonhos demasiado grandes e que, se quiserem muito, com dedicação e paixão, tudo é possível. Que as mulheres pertencem ao rock, e que nunca nenhum ser pode fazê-las pensar o contrário”, dizem, com orgulho. 

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