Pantera: para Zakk Wylde, Dimebag está no mesmo patamar que lendas como Van Halen, Jimi Hendrix e Randy Rhoads
O guitarrista Zakk Wylde é conhecido pelas suas participações na banda a solo de Ozzy Osbourne e, recentemente, pelo seu envolvimento no regresso dos Pantera. O músico substituiu o lendário Dimebag Darrel e tem feito um óptimo trabalho desde então.
Zakk concedeu uma nova entrevista ao podcast Talk Toomey e foi convidado a dizer o que sente quando está no palco a representar os Pantera. Qual o sentimento na hora em que a cortina cai e, juntamente com seus colegas de banda, dão início ao hino “A New Level”?
Wylde respondeu:
“Oh, é incrível. Eu adoro cada segundo do concerto do começo ao fim, cara. Obviamente, quando estamos a fazer ‘Floods’, eu fico emocionado fazendo isso, especialmente, a parte final, o solo de Dime, porque sou só eu sozinho. Eu não vejo as telas de vídeo que estão atrás de mim, mas, obviamente, quando eu vejo a filmagem disso, é tipo, ‘uau’. Não há praticamente um olho seco no local vendo isso que estamos fazendo. Sim, eu definitivamente fico emocionado fazendo isso, quando tocamos ‘Floods’.
Todos da equipa, todos são pessoas ótimas. Quer dizer, todos nós nos conhecemos, os caras da banda, nós nos conhecemos, mas quanto ao restante da equipe, todos nós nos conhecemos de várias turnês e coisas assim. Então é como uma família gigantesca lá fora. Então, quero dizer, toda a vibração, é simplesmente uma coisa linda.”

Sobre se havia alguma composição, algum trecho de faixa ou algo em que ele precisou de mais tempo para entender o que Dime criou, ele disse:
“O que eu acho realmente incrível, quer dizer, esta é a razão pela qual ainda estamos falando sobre a grandeza do Dime e de todos, e de todos os caras que amamos, seja o rei Edward (Eddie Van Halen), o santo Rhoads (Randy Rhoads) ou Jimi Hendrix, quero dizer, todos esses caras, é o que eles escreveram. Além da ótima técnica do Dime e de quão incrível ele era e quão rápido ele tocava e tudo mais, é o que ele escreveu, assim como com Randy e Eddie e todos esses. Quer dizer, todos os caras que amamos. Mas a escrita do Dime, como suas escolhas de acordes e tudo mais, é tipo, ‘oh, uau. Isso é definitivamente muito legal’. Então, há muitos pré-refrãos inesperados e coisas assim. É tipo, ‘oh, uau’. Eu me pergunto o que o fez ir até este ponto, tipo escolhas de acordes realmente interessantes. Mas, sim, com certeza, tivera partes que precisei entender melhor para conseguir tocar.
Passando por isso, aprendendo todo o catálogo e aprendendo cortes mais profundos e tudo mais, eu fiquei como, ‘uau. Isso é bem legal’. Quer dizer, até mesmo o pré-refrão de ‘Walk’ ou apenas o riff de abertura, muitas das escolhas de acordes acabariam se tornando… Elas são dissonantes, onde é obviamente o que Dime está buscando, é a dissonância, enquanto o oposto a essas escolhas seria como se fosse uma escolha de acorde mais agradável ao ouvido, mas soaria rotineiro, e você poderia dizer que Dime estava buscando algo diferente… seria como se ele pensasse, ‘não, é isso que todo mundo espera que façamos. Então, vamos lá. Todo mundo espera que façamos uma curva à esquerda. Então, vamos à direita’. Então, é tipo, eu sempre penso, ‘uau, isso é definitivamente interessante’. Então, sim, foi isso que eu descobri, aprendendo todo o material e tudo mais. Então, com certeza. Então, para mim, é isso que coloca Dime naquele time com todos os caras que amamos, seja Jimi Hendrix, seja Eddie ou Randy Rhoads. É a escrita dele.”